Alimentação e câncer de pele

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, e o seu tipo irá variar de acordo com a camada e célula afetada. Os mais comuns são o carcinoma basocelular, o carcinoma epidermóide e os melanomas.
O carcinoma basocelular e o carcinoma epidermóide são designados como câncer de pele não melanoma, sendo o tipo mais frequente na população. Já o melanoma é menos frequente e mais agressivo.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil em 2015, esperam-se 98.420 casos novos de câncer de pele não melanoma nos homens e 83.710 nas mulheres. Nos Estados Unidos, a Academia Americana de Dermatologia estima que haja dois milhões de casos novos a cada ano.

A radiação ultravioleta é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de pele, porém outros fatores, como os fatores ambientais (radiação ionizante, intoxicação por metais pesados- arsênico) e fatores genéticos (história familiar, tipo de pele) contribuem para o seu desenvolvimento.

A exposição à radiação ultravioleta (UV) promove uma alteração no material genético (DNA) que pode levar a neoplasia. Embora a pele possua um sistema de defesa antioxidante para lidar com o estresse oxidativo provocado pele radiação ultravioleta, a exposição crônica à luz UV pode sobrecarregar essa defesa do organismo levando a danos oxidativos e causando o câncer de pele.

Os antioxidantes presentes na alimentação podem atuar ajudando a diminuir esses danos oxidativos, e assim retardar o processo de danos à pele. Os principais antioxidantes presentes nos alimentos são:

– Carotenóides: presente na melancia, tomate, cenoura, abóbora, mamão, acerola, goiaba, manga, goji berry.

– Vitamina A: presente no mamão, cenoura, espinafre, abobora, fígado, ovo, couve, espinafre, manga, tomate, abobora.

– Vitamina C: laranja, morango, acerola, goiaba, mamão, goji berry, lichia, abacaxi, kiwi.

– Vitamina E: presente em gérmen de trigo, semente de girassol, avelã, óleo de girassol, amendoim, castanha do pará, amêndoa, pistache.

– Zinco: presente em carnes vermelhas, ostras, fígado, ovos, nozes, castanhas, arroz integral, semente de abóbora, aveia.

– Selênio: presente na castanha do pará, carnes vermelhas, aves, aveia, arroz integral.

É importante ressaltar que não existe comprovação cientifica que o uso de suplementos de vitaminas e minerais possa reduzir o risco de câncer, e a suplementação deve ser indicada apenas pelo seu médico e/ou nutricionista.

A principal recomendação é ter uma alimentação saudável, variada e equilibrada, sendo um prato bem colorido a garantia de estarmos ingerindo os nutrientes necessários ao nosso organismo. Além de, principalmente, proteger-se do sol.

Larissa Monteiro
Nutricionista Clínica do Centro de Combate ao Câncer

Referências Bibliográficas:
• Godic Aleksandar, Borut Poljsak , Metka Adamic. The Role of antioxidants in Skin Cancer Prevention and Treatment. Oxid Med Cell Longev. 2014.
• Nutrição clínica, funcional e preventiva aplicada à Oncologia: teoria e prática profissional. Garófalo, Adriana. Rio de Janeiro: Edutora Rubio, 2012.
• Lin Jennifer, et al. Vitamins C and E and Beta Carotene Supplementation and Cancer Risk: A Randomized Controlled Trial. J Natl Cancer Inst. Jan 7, 2009.
• Brian D. Lawenda, et al. Should Supplemental Antioxidant Administration Be Avoided During Chemotherapy and Radiation Therapy?. J Natl Cancer Inst, 2008.
• Instituto Nacional do Câncer – INCA

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