Conheça os avanços no tratamento do câncer colorretal

Do final dos anos 1970 até o final dos anos 1990, houve pouco progresso no que se refere ao tratamento do câncer colorretal. Independentemente de a doença ser detectada em sua fase inicial ou metastática, o tratamento clássico era feito apenas com uma medicação, denominada 5-fluorouracil (5-FU). Porém, na última década, com a introdução de novos agentes no tratamento do câncer de cólon, ocorreu um importante aumento na taxa de cura nos pacientes operados e submetidos ao tratamento complementar, bem como um significativo aumento de sobrevida média de pacientes com doença metastática inoperável.

“Nosso arsenal foi acrescido de novas drogas quimioterápicas que interferem com o ciclo celular, como o Irinotecano e a Oxilaplatina”, explica o Dr. Jorge Sabbaga, do Centro de Combate ao Câncer (CCC). Além disso, surgiram outras medicações, conhecidas como drogas de alvo molecular. “Uma delas é um anticorpo monoclonal, o Cetuximab, que se liga a uma determinada proteína na superfície das células tumorais, potencializando muito a ação de quimioterápicos, inclusive daqueles aos quais o tumor já estava resistente”, revela o médico.

Outra droga que vem auxiliando no tratamento é um inibidor da angiogênese, isto é, inibidor dos vasos sanguíneos que nutrem o tumor. “Essa droga, o Bevacizumab, contribui quando usada em associação com a quimioterapia convencional, pois melhora a taxa de resposta ao tratamento”, explica o oncologista. “Com essas novas drogas, e com outras já em estudo, podemos hoje curar um número maior de pacientes e, para aqueles em que a doença infelizmente não é mais curável, podemos aumentar a sobrevida e a qualidade de vida.”

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