Organização Nacional de Centros de Oncologia e Hematologia

Conheça como se desenvolvem vários tipos de câncer, seus principais sintomas e formas de tratamento. Algumas dicas podem ajudar você a ter uma vida mais saudável.

Os diferentes tipos de câncer correspondem às diferentes células do corpo. A velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes (metástases) são outras características que definem o tipo da patologia.

Atualmente, muitos tipos de câncer são curáveis, desde que tratados em estágios iniciais. Por isso, deve-se fazer o diagnóstico precoce, que possibilita a cura de mais da metade dos casos da patologia.

Clique nos links abaixo para conhecer alguns tipos de câncer mais comuns. Entre eles estão cólon, estômago, mama e próstata. Nestes textos, também é possível entender como eles se desenvolvem, quais seus principais sintomas e formas de tratamento.

  • Câncer de Cólon

    O que é?

    No câncer colorretal, as células normais do epitélio do cólon ou do reto começam a se modificar, crescer sem controle e deixam de morrer. O crescimento celular pode começar como um pólo não canceroso, que pode se tornar maligno com o passar do tempo.

    Incidência

    O câncer colorretal é a terceira causa mais comum de câncer no mundo, em ambos os sexos, e a segunda causa mais comum de câncer nos países desenvolvidos.

    Fatores de risco

    Os fatores de risco mais importantes para esse tipo de neoplasia são a história familiar de câncer de cólon ou de reto, a predisposição genética ao desenvolvimento de doenças crônicas do intestino (como as poliposes adenomatosas), uma dieta com base em gorduras animais, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais, assim como consumo excessivo de álcool e tabagismo. A prática de atividade física regular está associada a um baixo risco de desenvolvimento do câncer de cólon ou de reto. A idade também é considerada um fator de risco.

    A detecção precoce de pólipos adenomatosos colorretais (precursores do câncer de cólon ou de reto) e de cânceres localizados é possível pela pesquisa de sangue oculto nas fezes e por meio de métodos endoscópicos, como a colonoscopia. O objetivo é diminuir a incidência e a mortalidade por esse tipo de câncer na população. A história natural da neoplasia propicia condições ideais à sua detecção precoce.

    Qual é a função do cólon e do reto?

    O cólon e o reto constituem o intestino grosso, que possui um importante papel na capacidade do organismo de processar os alimentos. O intestino grosso transforma o alimento digerido pelo estômago e pelo intestino delgado em material fecal. Outra importante funçãoo do intestino grosso, especialmente do reto, é a reabsorção de água no organismo.

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns no câncer colorretal são inicialmente a alteração dos hábitos intestinais, com o aparecimento de diarréia ou constipação intestinal, presença de sangramento intestinal ou de fezes de cor escura (pretas). Em casos mais avançados da doença, o paciente pode apresentar perda importante de peso e apetite.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se está restrito a um local específico, se se disseminou para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo. Existem cinco estágios do câncer de cólon e reto: estágio zero e estágios um a quatro.

    Tratamento

    O tratamento do câncer colorrectal depende do tamanho e da localização do tumor, se o tumor se disseminou para outros locais do organismo e do estado geral de saúde da pessoa.

    O câncer de cólon é freqüentemente tratado de forma diferente do câncer de reto. Para o tumor que se encontra localizado, em geral a cirurgia corresponde ao tratamento inicial. Um tratamento adicional pode ser indicado para diminuir o risco de o câncer retornar e/ou tratar o câncer metastático. Pode incluir quimioterapia, radioterapia, tratamento alvo-dirigido (tratamento dirigido a genes ou proteínas defeituosas que contribuem para o desenvolvimento do tumor) e cirurgia para a remoção de metástases (tumores que se espalharam para além do cólon e do reto).

    Os efeitos colaterais do tratamento do câncer colorretal podem ser prevenidos ou controlados com a ajuda de seu médico e de sua equipe de tratamento.

  • Câncer de Estômago

    O que é?

    O câncer de estômago, também denominado câncer gástrico, pode ter início em qualquer parte do estômago e se disseminar para os linfonodos da região e outras áreas do corpo, como fígado, pâncreas, intestino, pulmões e ovários. O câncer gástrico pode ser classificado de acordo com o tipo de célula que originou o tumor. A maior parte dos casos (95%) tem origem na mucosa e recebe o nome de adenocarcinoma. Os demais são linfomas, sarcomas e outras variedades mais raras.

    Incidência

    De acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de estômago configura-se como o quarto mais comum. Em termos de mortalidade, corresponde à segunda maior ocorrência de óbitos por câncer. No Brasil, esses valores representam um risco estimado de 15 casos novos a cada 100 mil homens e oito a cada 100 mil mulheres. Cerca de 65% dos pacientes diagnosticados com câncer de estômago têm mais de 50 anos. O pico de incidência se dá em homens por volta dos 70 anos.

    Fatores de risco

    Uma alimentação pobre em vitaminas A e C, carnes e peixes ou ainda com alto consumo de nitrato, alimentos defumados, enlatados, com corantes ou conservados no sal são fatores de risco para o aparecimento do câncer de estômago.

    Fumantes, pessoas que ingerem bebidas alcoólicas ou aquelas que já tenham sido submetidas a operações no estômago também têm maior probabilidade de desenvolver esse tipo da doença.

    Prevenção

    Para prevenir o câncer de estômago, é fundamental uma dieta balanceada, composta de vegetais crus, frutas cítricas e alimentos ricos em fibras. Além disso, é importante o combate ao tabagismo e a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas.

    Sintomas

    Não há sintomas específicos do câncer de estômago. A maioria dos pacientes queixa-se de dor ou apresenta anemia secundária ao sangramento pelo tumor. Em casos adiantados, eles podem apresentar massa palpável na parte superior do abdome, aumento do tamanho do fígado, presença de linfonodo na região supraclavicular esquerda e nódulos periumbilicais.

    Tratamento

    O tratamento do câncer de estômago depende do tamanho e da localização do tumor, de se a doença se disseminou além do estômago e do estado de saúde geral da pessoa. O câncer de estômago pode ser tratado com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

    Freqüentemente uma combinação dos tratamentos é utilizada. A cirurgia é a principal alternativa terapêutica. A cirurgia de ressecção (gastrectomia) de parte ou de todo o estômago, associada à retirada de linfonodos, permite ao paciente um alívio dos sintomas e representa sua maior chance de cura.

    A radioterapia e a quimioterapia são considerados tratamentos complementares que, associados à cirurgia, podem determinar melhor resposta ao tratamento além de aumentar as chances de cura.

    Em estágios iniciais (0 e I), quando o tumor ainda está confinado dentro do estômago, o tratamento consiste usualmente em cirurgia para remover a parte afetada do órgão e os linfonodos da região. Se o tumor se espalhou para a parede externa do órgão ou para mais de três linfonodos (estágio II), poderá ser empregada cirurgia mais quimioterapia e/ou radioterapia. Mesmo em estágios mais avançados, quando o tumor se espalhou para outras áreas do corpo, o tratamento pode incluir a cirurgia, associada à quimioterapia, para evitar complicações, como o sangramento digestivo, e aumentar a qualidade de vida e a sobrevida do paciente.

  • Linfoma não Hodgkin

    O que é?

    Linfoma não Hodgkin é uma neoplasia do sistema linfático, na qual as células linfáticas começam a se modificar, multiplicando-se sem controle e formando tumores. O linfoma não Hodgkin pode ser indolente (de crescimento lento), agressivo (de crescimento rápido) ou possuir características de ambos os tipos. O linfoma de células B é o tipo mais comum e o linfoma de células T, o menos comum. Devido à existência de vários tipos e subtipos de linfoma, é muito importante saber o diagnóstico correto.

    Qual a função do sistema linfático?

    O sistema linfático consiste em pequenos vasos que percorrem todas as partes do corpo, carregando a linfa, um líquido claro que contém os linfócitos (células brancas do sangue) responsáveis por combater infecções e doenças. A linfa é coletada nos linfonodos. Como os linfonodos e os vasos linfáticos são encontrados em praticamente todas as partes do corpo, o linfoma pode começar e acometer quase todos os lugares do organismo.

    Incidência

    A incidência do linfoma não Hodgkin aumenta progressivamente com a idade. Em torno de quatro casos/100 mil indivíduos ocorrem na faixa dos 20 anos. A taxa de incidência aumenta até dez vezes, passando para 40 casos/100 mil indivíduos com 60 anos, e mais de 20 vezes, chegando a 80 casos/100 mil indivíduos após os 75 anos.

    Fatores de risco

    Pessoas infectadas pelos vírus HIV, Epstein-Barr, HTLV1 e pela bactéria Helicobacter Pylori (que causa úlceras gástricas) apresentam maior risco de desenvolver linfoma. A exposição a componentes químicos de herbicidas e pesticidas também está associada a sua ocorrência, assim como a exposição à radiação.

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns do linfoma não Hodgkin são o aumento do tamanho dos linfonodos do corpo, sobretudo em locais como axilas, pescoço e região inguinal. E, ainda, a presença de sudorese excessiva à noite, febre, perda de peso súbita e prurido (coceira na pele).

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se se disseminou para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo. Existem quatro estágios para o linfoma não Hodgkin. A escala denominada Índice Prognóstico Internacional (IPI) é utilizada para ajudar a prever seu prognóstico e selecionar o tratamento mais adequado.

    Tratamento

    O tratamento depende do tipo do linfoma, do estágio e do estado de saúde geral da pessoa. Em pacientes idosos, com linfoma indolente e sem qualquer sintoma da doença, pode estar indicado um seguimento rigoroso sem que seja iniciado tratamento imediato, salvo em progressão de doença e início de sintomas.

    A quimioterapia é, na maioria das vezes, o tratamento primário da doença. A radioterapia pode algumas vezes ser empregada após ou durante a quimioterapia em pacientes com doença em estágio inicial ou que apresentem linfonodos muito aumentados. Um anticorpo monoclonal (Rituximab) é empregado no tratamento de muitos linfomas não Hodgkin CE células B e, em conjunto com a quimioterapia, representa um dos grandes avanços no tratamento. Em alguns pacientes, utilizase a quimioterapia em altas doses, com resgate de células-tronco, também chamada Transplante Autólogo de Medula Óssea.

    Os efeitos colaterais do tratamento podem ser prevenidos ou manejados por seu oncologista, com a ajuda de sua equipe médica.

  • Câncer de Mama

    O que é?

    O câncer de mama é a doença em que as células normais da mama começam a se modificar, multiplicando-se sem controle, e deixando de morrer, formando uma massa de células chamada de tumor. A mama é composta principalmente por tecido gorduroso. Dentro dele, uma rede de lobos, formados por pequenos lóbulos, abriga as glândulas produtoras de leite. Pequenos ductos as ligam aos lóbulos e lobos para levarem o leite ao mamilo, localizado no centro da aréola. Perto de 90% dos tumores de mama ocorrem nos ductos ou lobos.

     

    Incidência

    O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais freqüente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Nos homens, a incidência da doença é pequena, não chega a representar nem 1% dos casos. A cada ano, cerca de 22% das novas ocorrências de câncer em mulheres são de mama.

    As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tantos nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência, ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes. Estudos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) afirmam que, no Brasil, o número de novos casos de câncer de mama esperados em 2008 é de 49.400. Mundialmente, uma em cada oito mulheres irá apresentar um câncer de mama.

    Fatores de risco

    Para as mulheres, o câncer de mama significa um temor duplo, que afeta a saúde e a auto-estima. Raro em mulheres na faixa dos 20 anos, torna-se freqüente na faixa acima dos 35 e a partir daí, a taxa de incidência aumenta rápida e progressivamente. A menarca precoce (idade da primeira menstruação), a menopausa tardia (instalada após os 50 anos de idade), a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade (não ter tido filhos) também constituem fatores de risco para o câncer de mama.

    História familiar é ainda um importante fator de risco, especialmente se um ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) foram acometidas da doença antes dos 50 anos de idade.

    O câncer de mama de caráter familiar corresponde a aproximadamente 10% do total de casos de cânceres de mama. A ingestão regular de álcool, mesmo que em quantidade moderada, é identificada como fator de risco para o câncer de mama, assim como a exposição a radiações ionizantes em idade inferior a 35 anos.

    Sintomas

    O aparecimento de um nódulo ou tumor na mama é um dos primeiros e principais sintomas do câncer de mama. Ao longo do processo, podem surgir alterações na pele que recobrem o local, retrações ou um aspecto na pele semelhante à casca de laranja. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

    Prevenção

    Quando diagnosticados precocemente, cerca de 95% dos casos de câncer de mama são curados. As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o auto-exame, o exame clínico da mama e a mamografia.

    O exame clínico das mamas (ECM) pode detectar tumores menores que 1 (um) centímetro, se superficiais. Já a mamografia, que corresponde à radiografia da mama, revela lesões em fase inicial, podendo diagnosticar lesões microscópicas. O exame é realizado em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável. Em situações especiais pode ser solicitado ao paciente que realize alem da mamografia, uma ultra-sonografia ou mesmo uma ressonância magnética das mamas para melhor avaliação de uma lesão.

    Tratamento

    Nem todos os cânceres de mama são iguais, existindo mais de um tipo. O primeiro passo no tratamento é a realização da biópsia da lesão descoberta na mama para diagnóstico. Os fatores que serão considerados no tratamento incluem:

    • o estágio e o grau tumoral (que significa o quão diferente as células tumorais são quando comparadas com as células normais);
    • o status dos receptores hormonais – receptor de estrógeno (RE) e receptor de progesterona (RP);
    • o status para o receptor-2 para o fator de crescimento epidérmico(HER-2);
    • a descrição genética do tumor, a presença de mutações nos genes para o câncer de mama;
    • a idade da paciente, o estado geral de saúde da pessoa e se a paciente encontra-se ou não na menopausa.

    Para o câncer localizado na mama, a cirurgia para remover o tumor é frequentemente o primeiro tratamento. Hoje as cirurgias são cada vez menores, preservando-se a estética da mama. Tratamentos adicionais podem ser empregados para diminuir o risco do câncer retornar (recidiva). Podem e na maioria dos casos são utilizados a radioterapia, quimioterapia, terapia alvo-direcionada, e/ou hormonioterapia.

  • Mieloma Múltiplo

    O que é?

    O mieloma múltiplo é um tipo de câncer do sangue no qual as células plasmáticas (plasmócitos) se multiplicam sem controle, na maioria das vezes dentro da medula óssea, que corresponde ao tecido esponjoso dentro dos ossos. O nome mieloma múltiplo se deve ao fato de a maior parte dos pacientes apresentarem múltiplos locais da medula óssea com células tumorais no início do diagnóstico.

    Qual a função dos plasmócitos?

    As células plasmáticas (plasmócitos) fazem parte do sistema imunológico e produzem anticorpos que auxiliam o organismo no combate às infecções. Já as células do mieloma crescem a partir de uma única célula e são responsáveis pela produção excessiva de uma imunoglobulina monoclonal (Imunoglobulina M) e pela redução no crescimento das outras células normais da medula óssea.

    Sintomas

    Nos estágios iniciais, o mieloma não costuma apresentar sintomas e muitas vezes o diagnóstico ocorre após a realização de exames relacionados a outras patologias. À medida que a doença progride, o paciente desenvolve os sintomas. Na maioria das vezes, o diagnóstico é realizado nessa fase. Os sintomas típicos são: dores ósseas, anemia, problemas renais e fraturas patológicas. Infecções freqüentes também são comuns, já que o sistema imunológico está comprometido no mieloma múltiplo.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se se disseminou para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo. O sistema de Durie-Salmon é tradicionalmente usado para estadiar o mieloma múltiplo. Ele classifica o mieloma em três estágios, sendo que cada um deles é subclassificado, dependendo de sua função renal. O estadiamento é utilizado para fornecer o prognóstico da doença e também para determinar o tratamento mais adequado ao paciente.

    Tratamento

    O tratamento do mieloma múltiplo depende do estágio do câncer, de se a pessoa está apresentando sintomas e de seu estado geral de saúde. Aos pacientes em estágio inicial e sem sintomas da doença, é recomendado um acompanhamento rigoroso, que não prevê tratamento específico. Os tratamentos utilizados são a quimioterapia e a radioterapia.

    Em muitas situações, especialmente em pacientes jovens, a utilização de altas doses de quimioterapia, com resgate de células-tronco do sangue periférico, também chamada de Transplante Autólogo de Medula Óssea, é indicada como forma de aumentar as chances de controle, a longo prazo, da doença.

  • Câncer de Pele

    O que é?

    Como a pele é um órgão heterogêneo, esse tipo de câncer pode apresentar neoplasias de diferentes linhagens. As mais freqüentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma epidermóide e o melanoma. Além de mais perigosos, os melanomas são os tumores com maior probabilidade de ocasionar metástases, ou seja, espalhar-se por outras partes do corpo. Estudos apontam que caso não seja tratado em até um ano do aparecimento da lesão, o melanoma pode ser fatal em 75% dos casos. Quando detectados no início, porém, há grandes chances de cura.

    Incidência

    O câncer de pele corresponde a nada menos que 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. O carcinoma basocelular é responsável por 70% dos diagnósticos; o carcinoma epidermóide, por 25%; e o melanoma, por 5%.

    Fatores de risco

    As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como químicos (arsênico), radiação ionizante, processos irritativos crônicos e, principalmente, exposição solar. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento dos tumores, principalmente a dos raios ultravioleta B, com maior incidência entre 10 e 16 horas.

    Sintomas

    É preciso se atentar ao aparecimento de pintas e manchas na pele que mudam de cor, formato, tamanho, descamam, coçam, ardem e até sangram. As feridas que não cicatrizam em até 4 semanas constituem outro sinal de alerta. Na dúvida, o paciente deve procurar a ajuda de um dermatologista para fazer o diagnóstico correto.

    Prevenção

    O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam com facilidade e nunca se bronzeiam, ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das lesões localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol. A proteção solar é, portanto, a principal forma de prevenção da doença. Além de predispor a pele ao surgimento do câncer, a exposição solar prolongada e repetida causa o envelhecimento cutâneo. Como os raios solares possuem efeito cumulativo na pele, os médicos costumam dizer que o câncer de pele de hoje é resultado de todo o sol tomado na vida de uma pessoa, desde a sua infância. Os adultos devem se proteger e ensinar as crianças a se cuidarem desde os primeiros meses de vida.

    O Instituto Nacional do Câncer (INCA) recomenda três sessões semanais ao sol, de quinze minutos cada, dose suficiente para desencadear a produção de vitamina D no organismo. Essa vitamina serve para absorver o cálcio que atua nos nervos, nos músculos e, principalmente, nos ossos. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos podem ser atenuados e o câncer de pele, evitado:

    • Use sempre um filtro solar com Fator de Proteção Solar (FPS) entre 15 e 30, aplicando-o generosamente pelo menos 30 minutos antes de se expor ao sol e reaplicando-o após mergulhar ou transpirar excessivamente.
    • Quanto mais clara a pele, mais alto deve ser este fator. Mas até o FPS 50 é suficiente. Não é necessário ir além deste grau de proteção, pois não há diferença na ação do produto, sem contar que são mais caros.
    • Use chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol. Mesmo assim, é essencial o uso de filtro solar, pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se no chão ou na água, atingindo a pele.
    • Evite o sol no período entre 10 e 16 horas, período de alta intensidade dos raios ultravioletas.
    • Não esqueça de proteger os lábios e as orelhas. Geralmente, as lesões que dão início ao câncer de pele começam a aparecer em torno dos 40 anos.
    • Apesar de os efeitos da radiação ultravioleta só se manifestarem com o passar do tempo, cerca de 75% da radiação solar recebida durante a vida ocorre nos primeiros 20 anos de idade. Portanto proteja as crianças e estimule os adolescentes a se protegerem.

    Tratamento

    O tratamento do câncer de pele depende do tipo de tumor, da localização e do seu tamanho. A cirurgia é o tratamento primário na maioria dos tumores, especialmente no câncer basocelular e no carcinoma epidermóide. A radioterapia pode ser utilizada em algumas situações. No melanoma, o tratamento é mais complexo.

    Dependendo de sua localização, durante o procedimento cirúrgico é utilizada a pesquisa de linfonodo sentinela, que procura verificar a possibilidade de disseminação do tumor para os linfonodos regionais, também ressecados.

    A quimioterapia e a imunoterapia podem ser utilizadas nos estágios mais avançados, de forma conjunta ou separadamente, para diminuir a possibilidade de recidiva da doença ou no seu tratamento.

  • Câncer de Próstata

    O que é?

    O câncer de próstata é a doença em que as células normais na glândula prostática se modificam, crescendo sem controle, e deixam de morrer, formando uma massa de células chamada tumor. Alguns tumores da próstata podem crescer lentamente e não causar problemas por anos. O câncer de próstata é o tipo de câncer mais diagnosticado nos homens.

    Qual a função da próstata?

    A próstata é uma glândula do tamanho e da forma de uma noz, situada logo abaixo da base do pênis, em frente ao reto e abaixo da bexiga, que só o homem possui. Ela envolve a uretra, um canal semelhante a um tubo que carrega a urina e o sêmen através do pênis. A próstata produz o líquido seminal responsável por proteger, suportar e auxiliar no transporte dos espermatozóides.

    Incidência

    Sexto tipo mais comum de câncer no mundo e o mais freqüente entre os homens, o de próstata representa cerca de 10% do total de ocorrências. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são cerca de 50 novos casos no Brasil a cada 100 mil homens.

    Fatores de risco

    Mais do que qualquer outro tipo de câncer, o de próstata é considerado o da terceira idade. Cerca de três quartos das ocorrências no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Histórico familiar de pai ou irmão com câncer da próstata antes dos 60 anos de idade aumenta o risco de câncer em três a dez vezes em relação à população em geral.

    Sintomas

    O câncer da próstata em sua fase inicial tem uma evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes ao crescimento benigno da próstata (dificuldade na micção e freqüência urinária aumentada). Na fase avançada da doença, podem ocorrer dor óssea causada pela disseminação da doença para os ossos, sintomas urinários ou, em casos mais graves, insuficiência renal.

    Prevenção

    Como a idade é um dos principais fatores de risco para a doença, a visita periódica ao urologista se torna primordial a partir dos 50 anos. O diagnóstico é feito pelo exame clínico (toque retal) e pela dosagem do antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês), que sugerem a existência da doença e indicam a realização de ultra-sonografia pélvica para biópsia.

    Tratamento

    O tratamento do câncer depende do estágio clínico da doença. Nos tumores em estágio inicial, o médico pode recomendar um seguimento rigoroso e iniciar o tratamento apenas quando o câncer der sinais de progressão.

    A cirurgia para remover a próstata (prostatectomia) e os linfonodos da região é utilizada antes que o tumor tenha se estendido para fora da próstata. O tratamento hormonal (hormonioterapia) é utilizado para tratar o câncer de próstata que cresceu após o tratamento inicial com a cirurgia ou radioterapia, ou para reduzir o tamanho do tumor antes da radioterapia. A quimioterapia é utilizada nos casos avançados do câncer de próstata quando o tumor se mostra resistente ao tratamento hormonal.

    Os efeitos colaterais causados pelo tratamento do câncer de próstata, como a incontinência urinária e a disfunção sexual, podem ser prevenidos ou tratados com a ajuda de sua equipe médica.

  • Câncer de Pulmão

    O que é?

    Como todos os outros tecidos e órgãos do corpo, o pulmão é composto por células que normalmente se dividem e reproduzem-se de forma ordenada e controlada. Quando ocorre uma disfunção celular, alterando esse processo de divisão, as células passam a se multiplicar de forma desordenada e perdem a capacidade de morrer, resultando numa lesão tumoral, ou seja, num câncer de pulmão.

    Existem dois tipos de câncer de pulmão, que são freqüentemente tratados de forma diferente. Um deles, denominado carcinoma não pequenas células, representa em média 75% dos tumores e corresponde a um grupo composto de três tipos histológicos. São eles: carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes células. O outro grupo, chamado de carcinoma de pequenas células (oat-cell), acontece em aproximadamente 25% dos casos. É normalmente um câncer de crescimento rápido e pode se disseminar rapidamente para outros órgãos.

    Qual a função dos pulmões?

    Os pulmões são constituídos por cinco lobos, três no pulmão direito e dois no esquerdo. Quando a pessoa inala o ar, os pulmões absorvem o oxigênio, que é levado ao resto do organismo pela corrente sanguínea. Na medida em que o organismo utiliza o oxigênio, cria-se gás carbônico, que é levado pela corrente sanguínea para os pulmões, onde é expelido.

    Incidência

    Com exceção do câncer de pele, o de pulmão é o mais freqüente em todo o mundo, com 1,3 milhão de novos casos diagnosticados a cada ano. No Brasil, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de novos casos da doença em 2012 será de 27.320 pessoas.

    Fatores de risco

    O tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão, sendo responsável por nove entre dez ocorrências. Comparados com os não-fumantes, os tabagistas possuem 20 a 30 vezes mais chance de desenvolver câncer de pulmão.

    Alguns outros fatores podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de pulmão, como a exposição ao asbesto, infecções pulmonares de repetição, poluição, deficiência ou excesso de vitamina A, assim como fatores genéticos e histórico familiar.

    Sintomas

    Os principais sintomas do câncer de pulmão são a tosse constante, escarros com sangue, perda rápida de peso e de apetite e dispnéia (falta de ar). Em algumas situações, a dor torácica pode ser também o sintoma inicial.

    Prevenção

    Como o tabagismo é a principal causa da doença, parar de fumar é, sem dúvida, o primeiro passo para quem deseja uma vida saudável. Os fumantes passivos, vale lembrar, também sofrem os efeitos da fumaça do cigarro.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se se disseminou para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo. O estadiamento do câncer de pulmão não pequenas células e o de pulmão pequenas células é diferente. O primeiro é descrito por um número, do estágio um ao quatro. O segundo, por sua vez, é classificado em doença limitada ou doença extensa.

    Tratamento

    O câncer de pulmão é sempre tratável, não importa o tamanho, a localização, nem se o tumor se disseminou. Suas opções de tratamento dependem do tamanho e da localização do tumor, se o câncer se disseminou e do estado geral de saúde da pessoa. Existem três formas básicas de tratamento: cirurgia, quimioterapia e radioterapia, que podem ser aplicadas de maneira isolada ou conjunta. Assim como na maioria dos tipos de câncer, as opções de terapia são definidas dependendo da situação do paciente e do estágio da doença.

    O objetivo da cirurgia é a remoção completa do tumor de pulmão, com a ressecção do tecido normal que o envolve (chamado de margem) e dos linfonodos regionais. O câncer de pulmão não pequenas células é tratado com uma combinação de cirurgia e quimioterapia e/ou radioterapia. O câncer de pulmão de pequenas células, por sua vez, é frequentemente tratado com quimioterapia e/ou radioterapia.

    Os efeitos colaterais do tratamento podem ser prevenidos e controlados pelo seu médico e pela equipe que o está tratando.

  • Câncer do Sistema Nervoso Central - SNC

    O que é?

    O câncer do sistema nervoso central (SNC), que corresponde ao tumor de cérebro e de medula espinhal, tem início a partir de um conjunto de células que começam a se dividir sem controle e formam uma massa de células, constituindo um tumor.

    O tipo de câncer de sistema nervoso central mais comum é o glioma, que cresce a partir das células de suporte do cérebro, chamadas “glia”. Uma vez que o crânio tem espaço físico limitado, o tumor começa a fazer pressão nas outras partes do cérebro, atrapalhando seu funcionamento.

    Qual a função do sistema nervoso central?

    O sistema nervoso central é constituído do cérebro, dividido em quatro lobos que controlam funções específicas do corpo. O cerebelo, localizado abaixo do cérebro, controla a coordenação e o equilíbrio. O tronco cerebral conecta a medula espinhal e controla as funções involuntárias, como o batimento cardíaco e a respiração. As meninges são membranas que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal.

    O que significa grau tumoral?

    O câncer de sistema nervoso central é referido pelo grau do tumor, que significa como o tumor se compara com o tecido cerebral normal. Existem quatro graus de tumor cerebral, que vão do grau um ao quatro.

    Sintomas

    A chave para o diagnóstico precoce dos tumores cerebrais está na valorização dos sintomas do paciente. As pessoas precisam prestar mais atenção ao que sentem e procurar auxílio médico sempre que necessário. Confira a seguir os principais sinais da doença:

    • dores de cabeça atípicas, cada vez mais fortes, que ocorrem em qualquer hora e, não raro, interrompem o sono;
    • convulsão súbita, principalmente quando não há histórico de crises;
    • aumento da pressão intracraniana, expressa por alteração de consciência e/ou paralisias faciais;
    • confusões mentais ou afetivas (depressão, agitação e ansiedade);
    • fraqueza ou falta de tônus muscular, que se inicia nas pernas e progride de forma ascendente.

    Tratamento

    O tratamento do câncer de sistema nervoso central depende do tamanho do tumor, de se o tumor se disseminou e do estado geral de saúde da pessoa. As três principais opções de tratamento são cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

    O tratamento normalmente se inicia com a cirurgia, seguida da radioterapia e da quimioterapia. Muitas vezes a quimioterapia e a radioterapia são utilizadas em conjunto. A finalidade da cirurgia é a realização da biópsia do tumor, a fim de determinar qual o seu tipo e a estratégia para removê-lo ao máximo, sem risco de danificar outras partes importantes do cérebro.

    Nos casos em que o tumor apresenta desenvolvimento lento, a equipe médica pode optar por acompanhar seu desenvolvimento por meio de tomografias freqüentes. O objetivo da quimioterapia e da radioterapia é o de tratar o tumor que permaneceu após a cirurgia, diminuir a velocidade de seu crescimento ou reduzir seus sintomas.

  • Câncer Anal

    O que é Câncer Anal?

    O câncer anal é uma doença formada por células tumorais malignas nos tecidos do canal anal.

    O que é o canal Anal?

    O canal anal está localizado entre o reto o esfíncter (o próprio ânus) e possui cerca de quatro centímetros de comprimento. A pele ao redor da área externa do ânus é chamada de área perianal.

    Incidência

     

    Os tumores no canal anal são mais frequentes entre as mulheres.
    Já nos homens, nas bordas do ânus. Essa neoplasia é rara e representa de 1 a 2% de todos os tumores do cólon e de 2 a 4% de todos os tipos de câncer que acometem o intestino grosso.
    A incidência no Brasil é de 1.617 novos casos por ano.

    Fatores de risco

    Há infecções apontadas como responsáveis pelo aumento da incidência de tumores anais. Entre elas estão o papilomavírus humano (HPV) e o HIV. Outras doenças sexualmente transmissíveis (DST´s), assim como a prática do sexo anal, o tabagismo e a fístula anal crônica (doença que consiste numa conexão anormal entre a superfície do canal anal e o tecido em volta do ânus, com saída de secreção purulenta) são relacionadas ao desenvolvimento desse tipo de câncer. A idade também é considerada um fator de risco.
    As neoplasias do canal anal estão associadas a uma dieta com base em gorduras animais, baixa ingestão de frutas, vegetais e cereais, consumo excessivo de álcool e tabagismo.

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns no câncer anal são a alteração dos hábitos intestinais com o aparecimento de diarréia, constipação, ou presença de sangramento intestinal, incontinência fecal,
    aparecimento de caroços, coceira, ardor, dor, pressão e secreções na região anal.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se há disseminação para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo.

    Tratamento

    A definição do tratamento depende do estágio do tumor, que será definido pelo médico após a realização dos exames. O tratamento mais utilizado para câncer anal é a combinação de quimioterapia e radioterapia. A cirurgia pode ser uma opção em casos iniciais ou na recidiva do tumor.

  • Câncer de Bexiga

    Qual a função da bexiga?

    Cancer de bexigaA bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica dotada de musculatura e que acumula a urina produzida nos rins.
    O líquido é eliminado periodicamente por meio da uretra.
    A bexiga faz parte do trato urinário, que é composto pelos rins, ureteres (tubos que carregam a urina dos rins para a bexiga) e uretra (tubo através do qual a urina deixa o organismo).

    O que é Câncer de Bexiga?

    O câncer de bexiga ocorre quando há crescimento e multiplicação desordenados de células do órgão. O câncer de bexiga é descrito como invasivo quando infiltra a musculatura da bexiga. O carcinoma urotelial é a forma mais comum dos tumores de bexiga. Se a doença for diagnosticada na fase inicial e tratada adequadamente, a estimativa de sobrevivência dos pacientes é de 92%. Essa taxa pode cair drasticamente se não houver um diagnóstico e tratamentos precoces.

    Incidência

    A incidência de câncer na bexiga aumenta com a idade e menos de 1% dessas neoplasias ocorrem antes dos 40 anos. A doença é de três e cinco vezes mais frequente em pacientes masculinos.
    Estima-se 13.110 novos casos por ano de câncer de bexiga no Brasil, cerca de 70% destes casos ocorrem em homens.

    Fatores de risco

    O tabagismo é o principal fator de risco, responsável por dois terços dos casos de câncer. Outros fatores de risco são:
    exposição a alguns corantes, pesticidas, infecção urinária crônica e o histórico familiar.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se há disseminação para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo.

    Sintomas

    O principal sintoma do câncer de bexiga é a hematúria (sangue na urina). Outros possíveis sintomas são: dificuldade para urinar, perda de urina ou dor pélvica. Estes sintomas também podem ser causados por infecções urinárias, pedras nos rins e outras doenças, por esta razão, nestas situações é essencial consultar o médico.

    Tratamento

    Para os tumores superficiais (restrito à camada interna mais superficial da bexiga) o tratamento consiste na ressecção transuretral do tumor (cirurgia pouco invasiva, por meio endoscópico). Para os tumores profundos (aqueles com invasão da camada muscular) é necessária a cirurgia de remoção da bexiga (cistectomia) e a construção de um novo órgão para armazenar a urina. Em algumas situações pode ser utilizada a quimioterapia e a radioterapia, como tentativa de preservação do órgão ou nos pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia. Em algumas a quimioterapia e a radioterapia são utilizadas como tratamento complementar.

  • Leucemia Mieloide Crônica

    O que é Leucemia Mieloide Crônica?

    Leucemia Mieloide CronicaÉ um tipo de câncer da medula óssea, caracterizado pela produção e proliferação não controlada das células brancas da medula. A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) ocorre quando uma porção do cromossomo se fixa a outro.
    Esta alteração cromossômica específica da LMC ocorre pela fusão dos genes BCR (cromossomo 22) com parte do gene ABL-1 (cromossomo 9), formando o que é conhecido como cromossomo Philadelphia. Isto ocorre apenas nas células da medula óssea e não é hereditária (passada dos pais para os filhos).

     

    Qual a função das células brancas (leucócitos) do sangue?

    A medula óssea corresponde ao tecido hematopoiético (produtor do sangue), e se encontra no interior dos ossos.
    Granulócitos são as células brancas nucleadas produzidas na medula que tem a função de defender o corpo humano contra
    infecções. Normalmente, a medula óssea produz um número maior de células brancas durante o período de infecção, e este
    número retorna ao normal quando a infecção está curada.Na LMC, o cromossomo Philadelphia atua como um gatilho,
    mantendo as células brancas na posição “ligada”, mantendo sua produção acelerada.

    Incidência

    Corresponde a cerca de 15 a 20% das leucemias do adulto.
    A incidência anual de 1 a 2 casos por cem mil, com ligeira predominância para o sexo masculino.

    Fatores de risco

    O único fator de risco conhecido é a exposição à radiação ionizante.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se há disseminação para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo.

    Quais as fases da Leucemia Mieloide Crônica?

    A LMC está dividida em três diferentes fases: crônica, acelerada e blástica. As fases refletem o número de blastos (células imaturas na medula) no sangue e na medula óssea. A fase crônica está presente ao diagnóstico em 85% dos casos.
    O diagnóstico é geralmente um achado casual em exames laboratoriais de rotina. A fase blástica se assemelha a uma leucemia mieloide aguda. Sem tratamento efetivo, todos os pacientes em LMC na fase crônica irão evoluir para a fase blástica.

    Tratamento

    O tratamento depende da fase da doença e do estado de saúde geral do paciente. O objetivo do tratamento é conseguir uma resposta citogenética completa, de forma que nenhuma célula apresente o cromossomo Philadelphia. O tratamento inicial da fase crônica é realizado com medicações conhecidas como alvos moleculares como o imatinib, dasatinib ou nilotinib. Caso se consiga o desaparecimento do cromossomo Philadelphia e as contagens de células sanguíneas nos exames estejam normais, a medicação deverá ser continuada indefinidamente. Nas fases aceleradas ou blásticas, esse tratamento pode ser associado com quimioterápicos.
    Os efeitos colaterais do tratamento são manejáveis e podem ser evitados com a ajuda de sua equipe médica.
    Converse com seu médico sobre suas opções de tratamento e sobre os efeitos colaterais.

  • Câncer de Cólo de Útero

    O que é câncer de colo de útero?

    Câncer Cólo ÚteroO câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver e ocorre na região inferior do útero próximo ao final da vagina. Ele ocorre quando as células normais da superfície externa da cervix (chamada de colo do útero) se modificam, crescem de forma descontrolada e forma uma massa, chamada de tumor. Inicialmente, as alterações nas células são pré-cancerosas. Quando estas alterações précancerosas se modificam em células cancerosas verdadeiras e infiltram mais profundamente na cervix ou invadem outros tecidos ou órgãos, temos o câncer de colo uterino.
    Os dois tipos principais são o câncer de células escamosas e o adenocarcinoma.

    Incidência

    O câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina brasileira, da região sudeste, atrás apenas do câncer de mama e colo retal.

    Fatores de risco

    A infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV) tem papel importante no desenvolvimento do câncer do colo do
    útero. Outros fatores de risco são: início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, não uso do preservativo e
    o tabagismo.

    Qual é a função da cervix?

    A cervix é a porção mais baixa do útero. O útero é responsável por acolher o feto durante a gravidez. A cervix conecta o útero à vagina e em conjunto com a vagina, forma o canal de parto.

    Sintomas

    O câncer de colo de útero, geralmente, não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo (Papanicolaou), por isso é importante a sua realização periódica. Nos estágios mais avançados, o principal sintoma é a dor durante a atividade sexual. Também pode ocorrer: sangramento vaginal intermitente ou após a relação sexual; sangue na urina; e secreção vaginal anormal.

    O que significa estadiamento?

    O estadiamento é a forma de descrever o câncer, informando se este está restrito a um local específico, se há disseminação para outros locais e se está afetando a função de outros órgãos do corpo.

    Tratamento

    O tratamento deve ser individualizado. Entre os tratamentos mais comuns para o câncer do colo do útero estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estágio da doença, tamanho do tumor e
    fatores pessoais, como idade e desejo de ter filhos.

  • Leucemia Linfoide Crônica - LLC

    O que é Leucemia Linfoide Crônica?

    Leucemia Linfóide CrônicaA Leucemia Linfocítica Crônica (LLC ) é um tipo de câncer originário do desbalanço entre a multiplicação desenfreada e a morte (retirada da circulação) de linfócitos maduros, que passam a se acumular no corpo. Estas células são parte
    das células brancas do sangue, chamadas de leucócitos.
    Têm o papel de proteger o organismo de infecções através da produção de anticorpos, mas quando estão em número aumentado e são anormais (células doentes) esta função de defesa a proteção fica prejudicada. Existem dois tipos principais de linfócitos, os linfócitos B, e os T. A LLC é a forma mais comum de leucemia no adulto, sendo a mais comum a LLC de células B. Não está claro se LLC de células T existe como uma entidade clínica verdadeira e distinta.

    Qual a função dos linfócitos?

    Linfócitos são as células brancas nucleadas encontradas no sangue, linfonodos, baço e medula óssea. Os linfócitos B são células produtoras de anticorpos que tem a função de defender o corpo humano contra infecções. Os linfócitos T ajudam a combater as infecções matando os virus e células estranhas ao corpo, além de sinalizarem as células B e outras células do sistema imune para iniciarem a produção de anticorpos.

    Incidência

    A incidência deste tipo de leucemia é de cerca de 10 pessoas para cada 100.000, sendo que esta incidência aumenta com a idade. Ao diagnóstico 95% dos pacientes tem mais de 50 anos, sendo extremamente rara antes dos 45 anos.

    O que significa estadiamento?

    Estadiamento é a forma de descrever a extensão da doença, como onde está localizada, ou para onde se espalhou, e se ela afeta a função de outros orgãos do corpo. O sistema RAI divide a LLC em estágios diferentes que variam do 0 (zero)
    ao IV (quatro). Os grupos de risco – baixo, intermediário e alto – são utilizados pra definir a possibilidade que a doença tem de progredir.

    Sintomas

    Pelo acumulo lento e gradual dos linfócitos, geralmente o diagnóstico é feito pelo achado inesperado de linfocitose (aumento no número de linfócitos) no sangue periférico em exames de rotina. Isto ocorre em cerca de 50-60% dos caso.
    Uma parcela dos pacientes pode ter seu diagnóstico feito pelo aparecimento de sintomas, como anemia, aumento dos linfonodos (gânglios), ou a queda nas plaquetas.

    Qual o tratamento da LLC?

    A decisão de iniciar um tratamento ou não, está relacionada a vários fatores, e dependerá do estadiamento, risco, e estado geral de saúde. Apesar do tratamento ser efeitvo, não existe tratamento padrão que possa eliminar a LLC. O objetivo do tratamento é obter uma remissão prolongada da doença.
    Como a LLC pode se desenvolver lentamente em cerca de metade dos pacientes, o acompanhamento clínico rigoroso é muitas vezes recomendado, e aguarda-se o aparecimento de sintomas ou alteraçòes clínicas para se iniciar um tratamento.
    Nos pacientes que apresentam piora dos sontomas clínicos, ou piora importante nas contagens sangíneas, o tratamento é recomendado. O tratamento é feito com a utilização de quimioterapia com uma droga ou com combinação de drogas, com associação de anticorpo monoclonal. Os efeitos colaterais do tratamento da LLC podem ser prevenidos ou controlados com a ajuda da sua equipe médica.

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