Transplantes são tratamentos eficientes para alguns tipos de tumores

Nos dias de hoje, os linfomas – grupo de doenças que acometem os linfócitos – são, na maioria das vezes, tratados e curados por meio de quimioterapia e, em algumas situações, pelo transplante de medula. A afirmação é do hematologista Cristiano Fernandes, do corpo clínico do Centro de Combate ao Câncer.

Existem duas formas de se realizar o transplante de medula, explica o médico. O transplante alogênico, no qual se utiliza a medula óssea de um doador, geralmente um irmão ou irmã do paciente, e o transplante autólogo. Neste último, considerado padrão, utilizam-se células do próprio paciente para repovoar a medula óssea após a quimioterapia. Conhecidas por células progenitoras ou células-tronco, essas células são coletadas em um simples procedimento ambulatorial, no banco de sangue do hospital. Raras vezes é necessário utilizar a própria medula óssea como fonte de células. “A coleta de células-tronco de sangue periférico é feita em um simples procedimento ambulatorial e o material é preservado em nitrogênio líquida. O paciente é submetido a uma quimioterapia de altas doses, as células coletadas ou eventualmente a medula, são devolvidas para que a medula seja repovoada”, explica. Para patologias como a leucemia, é indicado o transplante alogênico, no qual existe a necessidade de doadores, geralmente aparentados do paciente, o que torna o processo mais seguro.

O hematologista ressalta que, atualmente, graças ao auxílio de drogas modernas, é possível aumentar o controle da rejeição ao órgão, assim como estimular a medula com linfócitos do próprio doador. “Contamos ainda com antifúngicos e antibióticos de nova geração, que, em um transplante, são fundamentais para o sucesso do processo de cura, felizmente, cada dia mais frequentes”, comemora.

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